17 setembro 2007

Homem que nem tchuns, sei não...

Sábado passei a noite em casa com meu pequeno rei e aproveitei para assistir Saia Justa. Para quem não sabe, Saia Justa é um programa da GNT, estilo mesa-redonda feminina. Discute-se de tudo um pouco, sendo que pouco, muito pouco mesmo, do homem como centro das preocupações femininas. Ora, só por esse detalhe já vale a pena assistir né? Mulheres reunidas que não estão falando sobre homem, nem falando (mal) de outra mulher? É, no mínimo, imperdível. Sempre que posso assisto! É um deleite para mim assistir o chame e o equilíbrio de Monica Waldvogel, a beleza inteligente de Maitê Proença, o humor ácido de Betty lago, as viagens filosóficas de Márcia Tiburi e a sobriedade de Soninha.

No programa dessas semana cada "saia" ficou encarregada de trazer um tese pessoal, para por à mesa de discussão. Pois bem, queria então destacar duas delas, que me chamaram à atenção. A primeira de Betty Lago, que não perdeu a oportunidade de ser polêmica. Segundo ela, todo homem que não pratica sexo oral em mulher, na verdade, é gay. Betty, ao longo de sua vida teve, inclusive, provas contundentes da verossimilhança da sua afirmação. Citou até o exemplo de uma amiga que estava namorando um homem ma-ra-vi-lho-so! Que apenas um detalhe estava faltando...Pois é, esse mesmo! Fato é que após pouco tempo o tal namoro não vingou, e anos depois soube que o tal homem casara-se, só que com outro homem. Olha, pessoalmente, posso dizer que concordo com ela. Meu sentimento é de que, todo homem hetero, questionado sobre tal gosto, tem a resposta na ponta da língua: claro que pratico, e com muito gosto! Agora, cada qual com seu cada um!

A segunda tese que destaco é bem mais complexa, porém interessante. Soninha surpreendeu dizendo que não obstante estejamos condicionados social e psicologicamente do contrário, é perfeitamente possível amar duas pessoas ao mesmo tempo. Se é viável, é outra história. Mas que pode acontecer, pode. Pra ela não faz sentido que devido ao fim de um relacionamento, todo o sentimento acabe, por pura convenção. Deu o exemplo dos filhos, perguntando: a gente deixa de amar um filho quando nasce outro? Ou seja, para ela é possível se apaixonar por alguém, tendo ainda no coração amor por outra pessoa.

A respeito dessa tese, sinceramente, não tenho sentimento formado para expor. É complicado. Talvez seja o tipo de coisa que só quem viveu algo parecido, possa acreditar veementemente. Não acredito em duas paixões simultâneas. Nisso não. Paixão exige muito da nossa mente, do nosso corpo. Nos ocupa 24 horas por dia. Paixão em condomínio é impossível. Em amor, sim, arrisco-me em acreditar. Por que existem, de fato, várias formas de amar. A gente escolhe uma de acordo com a pessoa com a qual nos relacionamos. Cada relação é uma química diferente, que gera um sentimento diferente, ou seja, um amor único, singular. A partir dessa minha tese, porque não acontecer de, em meio ao fim de uma relação amorosa, despertar-se em paixão por outra pessoa? As relações acabam, mas nem sempre o amor acaba no mesmo momento. Diante da possibilidade de encantamento por outro alguém, desde que a pessoa se permita, há de surgir logo logo uma outra forma de amar, ainda que aquela primeira esteja lá um tanto esquecida, guardada no fundo do coração. Sei lá...

Dica sentimental:
Saia Justa
GNT - Canal Globosat (NET/ Sky#41)
No ar todas as quartas, às 22h30
Com Monica Waldvogel, Betty Lago, Márcia Tiburi, Maitê Proença e Soninha Francine
Horários alternativos: nas quintas, às 10h, às 15h e às 19h, nos sábados, às 23h e às 5h e nos domingos, às 10h30

3 comentários:

Unknown disse...

Carlos Roberto,

adorei teu blog, é simples e muito, muito sensível. Adorei mesmo.

Quanto à colocação da Betty Lago, não sei, mas a da Soninha realmente me chamou a atenção. Acho muito radical se falar em fim de amor pelo fato de ter acabado uma relação... Talvez "transformação do amor" (para um outro prisma, talvez) seja possível. Mas o fim, ah... Aí são "outros quinhentos"...

Duas paixões, não. Mas amores, bem diferenciados e devidamente separados em situações e patamares apropriados...

Questão de sentimento! :)

Parabéns pelo blog, pelo príncipe e um beijo,

Sandra Tristão (Maria Raythe).

Ps.: Ainda não me acostumei a te chamar de Beto (na chamada da escola, era Carlos Roberto...).

Anônimo disse...

Olá, Beto. Obrigado pela visita. Sabe q aquela musica, a vida e eu, ta na minha cabeça tbm uns dias?? minha alma elástica d+ esses últimos meses rsrs.
Qto ao post, bom, eu prefiro não filosofar muito, sou mais de sentir, e me arriscar. cada caso é um caso, cada homem é um homem, apesar de concordar que existem características comum a todos!
Xêro, como se diz por essas bandas.

Bia disse...

Beto!!
Ahhh vc sabe muito bem como eu adoro disertar, filosofar e discutir esse assunto... paixão, amor e as várias formas de amar.

Bom eu acredito sim que o amor muda, mas continua sendo sempre amor.

A paixão é algo mais difícil de se controlar e na minha opinião a paixão ela é voluvel.

Quanto a opinião da Betty achei formidável e de fato tem relevância!!

Bjos