14 setembro 2007

Sentimento : DAVI



Como certamente no dia estarei às voltas com as merecidas comemorações, e gostaria de expressar alguns sentimentos à respeito, lá vai...

Domingo próximo é dia de rei. Do meu rei Davi. Do carinha que é sangue do meu sangue, carne da minha carne. Milagre divino que Deus me presenteou. Como seria minha vida sem ele? Não seria, simplesmente não seria. Lá se vão três anos desde o dia em que o vi surge do ventre de sua mãe, cansadinho, precisando de uma leve auxílio do pediatra para que pudesse, enfim, respirar os ares cá de fora. Tadinho, logo ao chegar já precisou dar provas de valentia. E deu!

Eu, desde que me entendo por gente, sempre quis ser pai, sempre. Não precisei de terapia para entender que esse forte desejo muito se deu em razão da falta de presença do meu genitor. Faltou sim aquele cara para quem eu pudesse olhar e recenhecer meu ídolo, meu parceiro de jogo de botão, meu incentivador na escolinha de futebol. Essa ausência se converteu por completo na vontade de viver com toda a plenitude a relação de pai e filho.

Há três anos ele chegou, o filho que eu queria ter, igualzinho aquele do poema musicado de Vinícius. O meu guri, a quem boto no colo para me ninar. Minha fonte de amor infinda e de orgulho inesgotável! Ele surgiu, e a partir do primeiro instante da sua vida, mudou completamente o sentido da minha. É impressionante como a gente passa a enxergar o mundo com outros olhos.

Uma questão que sempre me acompanha cada vez que me pego suspirando de orgulho é: será que eu mereço o filho que tenho? Que menino bom! Obediente, alegre, generoso, inteligente, educado e carinhoso. Davi reúne qualidades raras em um criança. Curiosamente, as que mais valorizo. E o mais importante: já demonstra amor pelo Flamengo e pelo Salgueiro. Meus olhos ficam marejados apenas por imaginar que muito em breve chegará o dia em que terei um fiel companheiro para compartilhar inesquecíveis emoções da arquibancada do Maracanã, junto à Nação Rubro-Negra, bem como no terreiro sagrado da Academia do Samba.

Meu filho é a personificação da palavra tudo, é meu motivo, meu espelho, meu governo. É a pergunta que me ensina, o sorriso que me enche de alegria, a inocência que me comove. É minha pequenina fonte de sentimentos sublimes! É o meu amor maior! Quem dera, pudesse todo homem compreender, quem dera, a grande dádiva da paternidade!

Davi, te love you! (Parece que escuto ele me corrigindo: "É I Love you, papai!!!!")

O Filho Que Eu Quero Ter (O filho que eu tenho!!!)

É comum a gente sonhar, eu sei
Quando vem o entardecer
Pois eu também dei de sonhar
Um sonho lindo de morrer

Vejo um berço e nele eu me debruçar
Com o pranto a me correr
E assim, chorando, acalentar
O filho que eu quero ter

Dorme, meu pequenininho
Dorme que a noite já vem
Teu pai está muito sozinho
De tanto amor que ele tem

De repente o vejo se transformar
Num menino igual a mim
Que vem correndo me beijar
Quando eu chegar lá de onde vim

Um menino sempre a me perguntar
Um porquê que não tem fim
Um filho a quem só queira bem
E a quem só diga que sim

Dorme, menino levado
Dorme que a vida já vem
Teu pai está muito cansado
De tanta dor que ele tem

Quando a vida enfim me quiser levar
Pelo tanto que me deu
Sentir-lhe a barba me roçar
No derradeiro beijo seu

E ao sentir também sua mão vedar
Meu olhar dos olhos seus
Ouvir-lhe a voz a me embalar
Num acalanto de adeus

Dorme, meu pai, sem cuidado
Dorme que ao entardecer
Teu filho sonha acordado
Com o filho que ele quer ter

Vinícius de Moraes e Toquinho

2 comentários:

Anônimo disse...

Tbm tenho um Rei Davi em casa. Impera meeeesmo por aki. rsrs. bj

Bia disse...

Meu rei não se chama Davi na realidade o meu rei é um principe o meu principe Erick, nome de principe mesmo extraído do belo conto de fadas A pequena Sereia.
O meu lindo principe Erick razão da minha vida e meu amor maior.