18 dezembro 2007

Quase sem querer

Muitas coisas eu descobri quase sem querer. Inclusive minhas paixões, amores. Na verdade, pondo-me a analisar, essas coisas são boas assim, sem querer querendo, como diria o Chaves (o simpático personagem mexicano, não o psicopata ditador venezuelano).

Pensando bem, eu sou meio sem querer. Talvez isso se dê por conta da minha natural curiosidade geminiana. Vou pagando pra ver e quando vejo, antes de pagar já vi. "Não sou eu quem me navega, quem me navega é o mar", como diz Paulinho da Viola.

Curioso é que eu percebi que a música de Renato Russo, Quase Sem Querer, que sempre gostei e cantorolei desde a minha adolescência, é puro eu! Minha antiga simpatia foi na verdade, pura identificação desde sempre. E sem querer, querendo!




Quase sem querer

Tenho andado distraído,
Impaciente e indeciso
E ainda estou confuso.
Só que agora é diferente:
Estou tão tranquilo
E tão contente.
Quantas chances
desperdicei
Quando o que eu mais queria
Era provar pra todo o mundo
Que eu não precisava
Provar nada p’ra ninguém.
Me fiz em mil pedaços
P’ra você juntar
E queria sempre achar
Explicação p’ro que eu sentia.
Como um anjo caído
Fiz questão de esquecer
Que mentir p’ra si mesmo
É sempre a pior mentira.
Mas não sou mais
Tão criança a ponto de saber
Tudo.
Já não me preocupo
Se eu não sei porquê
Às vezes o que eu vejo
Quase ninguém vê
E eu sei que você sabe
Quase sem querer
Que eu vejo o mesmo que você.

Renato Russo

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