Estava ouvindo Gonzaguinha e quando dei por mim estava filosofando com os meus botões sobre o amor. Só pra variar. Como o abstratro, complexo, indecifrável e misterioso me atraem. É impressionante! E o amor é tudo isso e mais um pouco. Mas, enfim, voltando as minhas viagens, dentre tantas incertezas que o amor nos trás subsistem algumas certezas, que pode assim o ser pra mim, mas para outra pessoa não. Isso que é fascinante. Mas vou me atrever a revelar uma certaza que tenho. Sentir amor por alguém, não é por si só, garantia de felicidade. Absolutamente. Muito embora, nos acolha a alma, nos faça uma pessoa mais densa, mais generosa e até mais bela. Isso de nada adianta se nao se viver esse amor. Quase sempre a felicidade escapa, dando lugar a tristeza. Agora, quando se vive um amor verdadeiro, um grande amor, ainda que seja apenas por um dia, a certeza da felicidade desse dia ninguém nos tira. Mesmo que adiante acontece um rompimento. Vai permanescer uma saudade feliz, muito bem retratada na canção "Feliz" do poeta Gonzaguinha. É isso que o amor também pode ser: uma saudade feliz.
Feliz
Gonzaguinha
Gonzaguinha
Para quem bem viveu o amor
Duas vidas que abrem
Não acabam com a luz
São pequenas estrelas
Que correm no céu
Tragetórias opostas
Sem jamais deixar de se olhar
É um carinho guardado no cofre
De um coração que voou
É um afeto deixado nas veias
De um coração que ficou
É a certeza da eterna presença
Da vida que foi
Da vida que vai
É a saudade da boa
Feliz, cantar
Que foi, foi, foi
Foi bom e pra sempre será
Mais, mais, mais
Maravilhosamente amar
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